
Agosto
2020
Nossa Senhora da(s) Vitória(s)
Desde o início do Cristianismo, Maria, mãe de Jesus, é invocada como intercessora entre Deus e a humanidade. Ao longo dos séculos, devido aos acontecimentos históricos, a devoção mariana reveste-se de diferentes contornos originando diferentes invocações e tipos iconográficos como Nossa Senhora da Misericórdia, do Rosário, Conforto dos Migrantes ou Nossa Senhora da(s) Vitória(s).

A invocação a Nossa Senhora da(s) Vitória(s) reconhece-se ligada à Ordem Dominicana devido à sua forte ligação à devoção do rosarium (coroa de rosas). Baseando-se numa possível aparição de Nossa Senhora a S. Domingos, a oração do Rosário é tida como arma espiritual contra os hereges e, em 1213, Maria promete o seu auxílio na batalha de Muret, perto de Toulouse, contra a heresia albigense.
Em agradecimento à vitória conquistada, é erigido o primeiro santuário com esta invocação, título que passou a ser frequente em igrejas e mosteiros edificados como ex-votos pelo sucesso em cruzadas e lutas pela fé.


A peça do mês de agosto é uma escultura de vulto pleno, de madeira estofada e policromada, do século XVIII com a representação de Nossa Senhora da(s) Vitória(s). Nossa Senhora surge coroada, com um manto ricamente estofado e três anjos aos seus pés, com o Menino ao colo, coroado, segurando um crucifixo que pousa na cabeça de uma figura mítica, semelhante a uma cobra.
A escultura insere-se na capela de família dos Viscondes de Andaluz (hoje Casa Madre Luiza Andaluz), em que o fundo do nicho está decorado com madeira policromada com representações de anjos em volta da escultura.
Dada a grande devoção da família a esta invocação mariana, foi escolhida para madrinha da terceira filha dos Viscondes – Luiza.
Categoria: Escultura
Designação: Nossa Senhora da(s) Vitória(s)
Data: Século XVIII
Dimensões: 50,3 cm x 29,8 cm x 90,8 cm
Localização: Casa Madre Luiza Andaluz